Professores Pais consideram que greve não defende educação pública.
O presidente da Confederação de Pais
considerou hoje que a marcação de uma greve de professores para o
primeiro dia de exames nacionais do ensino secundário não é uma boa
forma de defender a educação e a escola pública.
“Creio que é uma decisão algo precipitada”, disse à agência
Lusa Jorge Ascensão, acrescentando que “a medida vai prejudicar
essencialmente os jovens” e “terá, provavelmente, um efeito negativo nos
exames subsequentes”.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou na
quinta-feira uma greve geral de professores para 17 de junho, primeiro
dia dos exames nacionais do ensino secundário.
Uma decisão que Jorge Ascensão admitiu ver “com muita apreensão”, por
antecipar “o impacto que vai ter no trabalho feito durante o ano
letivo, quer pelos alunos, quer pelos docentes”, mas também na
organização das famílias.
“Gostaríamos muito que fosse possível encontrar outras formas de
defender os interesses e que fosse possível olharmos para a educação com
o objetivo de proporcionar aos nossos jovens o que eles precisam”,
referiu o presidente da Confap.
A decisão de avançar com uma greve de professores no dia 17 de junho
foi tomada durante uma reunião realizada na quinta-feira, em Lisboa, por
nove sindicatos de docentes, para analisar os impactos na educação das
medidas anunciadas pelo Governo, que podem implicar o aumento do horário
de trabalho e a passagem à mobilidade especial dos professores.
A Federação Nacional de Educação (FNE) foi a única estrutura sindical
que não expressou um apoio imediato à greve, condicionando a sua
decisão ao que for deliberado numa próxima reunião dos seus órgãos
diretivos.
Sem comentários:
Enviar um comentário